Iniciando mais um ano é natural
que os espiritualistas, que comungam das religiões de raiz afro-brasileiras,
fiquem na expectativa sobre a Regência do Ano, ou seja, as Forças Orixaicas que
estarão regendo, influenciando o nosso planeta no ano que se inicia, pelo
calendário civil e cristão, assim como todas as pessoas que depositam
expectativas em forças ocultas, ou ciências, esoterismo, ou demais crenças
futuristas.
Os diversos povos que integram a
humanidade que habita o Planeta Terra interpretam esse momento em conformidade
com sua crença, seus valores, tradições, culturas... Podemos citar a tradição
chinesa, que associa cada ano à figura de um dos animais que representam o “Horóscopo
Chinês”, sendo que para 2014, já anunciaram que será o ano do “Cavalo”. Outros
se reportam a outros estudos e conhecimentos para possíveis “previsões” do novo
ano, como é o caso da Numerologia, que já anunciou o “7” (sete) como o número
do ano 2014. Temos ainda, as eminências advindas dos Tarôs, Runas, Cristais,
Búzios e a Astrologia. Nesta última, já é de consenso que o Planeta Regente, ou
seja, que estará astrologicamente influenciando a Terra, é o gigante planeta Júpiter,
trazendo com seu magnetismo, segundo os astrólogos influência em todas as áreas,
tanto na natureza humana, quanto na natureza do nosso planeta/casa e consequentemente,
nos signos relacionados as casas astrológicas, ou seja, câncer, escorpião,
peixes, sagitário e libra.
Também podemos encontrar calendários
outros em contagens, tempos e anos diferentes do que consideramos convencionalmente
no mundo Ocidental, que por uma questão de ordenação civil do planeta, contamos
cada ano com 12 meses e 365 dias, alternando o chamado ano bissexto, ou seja, a
cada quatro anos o ano tem 366 dias. O modelo que utilizamos é o Gregoriano,
numa contagem a partir do Novo Testamento, com o nascimento de Jesus Cristo,
por isso dizer que estamos na “Era Cristã”. Desta forma, adotamos como
referência, na contagem dos tempos a inscrição “a.c”, para os acontecimentos “Antes
de Cristo”. Mas se considerarmos o calendário judaico, que tem como base o
Antigo Testamento e assim conta os anos a partir da criação de “Adão”, estamos desde
05 de setembro de 2013, no ano 5774. Assim como os Judeus, os chineses e outros
países da Ásia adotam calendários que consideram tanto os ciclos solares (ano) quanto
os lunares (meses), considerando esses dois ciclos e sendo a China uma
civilização tão antiga, também tem um dos mais antigos registros de
calendários. Assim, para os chineses, desde 10 de fevereiro de 2013 estamos no
ano 4711 e a partir de fevereiro de 2014 entramos no ano 4712.
Como vemos, diferentes
entendimentos para a existência de uma mesma humanidade, num mesmo planeta. Em
meio a informações que parecem divergir, o que pode vir a fomentar ainda mais o
espírito separatista entre os Povos e Nações, vale a sugestão de buscarmos
pontos de convergência ao invés de focarmos na divergência.
Quando pensamos nos calendários,
o importante é entender que estamos falando de números, convencionalmente
organizados, para que organizada seja a nossa vida e convivência em comunidade,
em família... O que fica não é se um calendário tem 2014 anos e outro tem 5774,
mas que um contém o outro, ou seja, a nossa contagem cristã está contida nos
calendários orientais, o que nós ocidentais fizemos foi dividir o a.c (Antes de
Cristo) e o d.c. (Depois de Cristo). A base de todos os calendários são os
ciclos lunares e solares e a diferença que dá entre os meses está relacionado
mais uma vez ao que ficou convencionado pelas diferenças que ocorrem nesses
ciclos, os seus equinócios, que provocam a dificuldade de se convencionar
matematicamente, por isso sistematizamos o nosso calendário em anos bissextos,
por exemplo. Mas o que todos concordamos então: contamos nossos dias a partir
do sol e da lua e usamos escrituras sagradas, crenças religiosas para “marcar”
significativamente os nossos tempos.
No caso das previsões e projeções
de forças que atuariam e regeriam o nosso Planeta a cada ano, também podemos
buscar os pontos de convergência e para entender essa tese, basta observarmos a
contribuição de cada um, ou seja: o que temos em comum entre Orixá Regente,
Numerologia, Astrologia, Horóscopo Chinês, por exemplo?
Orixás: Xangô e Oxum, trazendo
entre outros, realizações, inovações, justiça, necessidade de aprimoramento, de
busca de conhecimento para a expansão da consciência, mobilização política,
oportunidade de novas relações, equilíbrio e maturidade emocional, amor
fraterno;
Astrologia: planeta Júpiter, trazendo
expansão de projetos, conquistas intelectuais, mudanças em leis, surgimento de
referências políticas, inovações tecnológicas, aproximação cultural e econômica
entre as nações;
Horóscopo Chinês: Ano do Cavalo,
trazendo avanços significativos nas artes, política, tecnologia, favorecimento
da ação;
Numerologia: número “7”, trazendo
a busca pela sabedoria, pelo autoconhecimento, vontade de evoluir, ano de
exercitar a fé e o amor ao próximo – palavra de ordem: despertar.
Podemos convergir, não precisamos
disputar, quando as forças se afinam a melodia da vida fica ainda mais bela e
agradável... O que fica disso tudo é a certeza que há um Projeto Maior regendo
o nosso Mundo, o nosso Planeta, a Humanidade e que é traduzido em línguas, e
saberes diversos, atendendo ao entendimento e crença de cada um, seja pela
sabedoria, consciência ou alienação de cada um de nós.
Deus, a Inteligência Divina, a
Força Criadora, a Partícula da Criação, o Arquiteto do Universo... está para
nós, é por nós... É, Somos...
Pra que complicar? A Base é uma
só... E de tudo o que realmente conta e fica é o que nos humaniza, ou seja, a
nossa capacidade de AMAR.
Mãe Claudia
Sacerdotisa/Dirigente da Casa Amigos da Paz
Campos de Oxossi e Ogum
Fonte:
www.defatoonline.com.br/feminino/ultimas/30-12-2013/jupiter-e-o-regente-de-2014-entenda-a-influencia-do-planeta