sexta-feira, 20 de junho de 2014

PALAVRAS, PENSAMENTOS, PALAVRAS...

Em tempos de grandes eventos como a Copa do Mundo, muito se escuta, muito se fala... E em meio a tantas “palavras”, assistimos um tráfego de ofensas, xingamentos, elogios, críticas... Muitos querem se impor pela palavra, outros usam a palavra pra se defender... O fato é que nunca falamos despretensiosamente, mesmo que num primeiro momento pareça oculta pra nós, há sempre uma intenção, que pode brotar repentinamente de forma consciente, ou emergir das cortinas do nosso sub e inconsciente, ou seja, do nosso “passado” – remoto, ou próximo.

Assim, quando usamos a expressão: “falei sem pensar”, na verdade estamos ocultando o que realmente acontece e a expressão mais próxima do processo que decorre da “fala” repentina deveria ser: “dei voz ao meu pensamento”.

Sim, somos responsáveis pelo que falamos, pelas “palavras” que colocamos no tráfego do tempo, na velocidade do vento. A máxima em nossas vidas tem sido cada vez mais “ORAI E VIGIAI...” (Mt 26, 41) e se me permitem, digo ainda: “vigiai vossos pensamentos para não ter que reparar vossas palavras”. Vigiar os pensamentos precisa ser entendido no sentido mais amplo, dilatado pela transcendência do nosso “ser” e “estar”. Vigiar os pensamentos é buscar o equilíbrio de nossas emoções, sentimentos... é buscar a saúde de nossa mente, a serenidade de nossa alma, é buscar o equilíbrio entre corpo, alma e espírito – é o ser e estar bem comigo e com o mundo.

Por ser a projeção do nosso pensamento, materializamos na forma de palavras o que a mente já plasmou em “formas pensamentos”, as imagens uma vez projetadas passam a fazer parte de nosso astral, gravadas como metáforas mentais imagéticas. A partir do momento que o outro escuta e recebe nossas palavras também produz suas próprias metáforas mentais, plasmando suas “formas pensamentos” que também passam a preencher o seu astral, assim, num processo recíproco e sucessivo, vamos sobrepondo palavras, imagens, materializando pensamentos e em decorrência disso, conduzindo nossas sintonias vibracionais, ou seja, elevamos ou rebaixamos nossa frequência vibracional eletromagnética dependendo do que projetamos astralmente como “forma pensamento”. Vale ainda destacar que, outros que percebem nossas “imagens mentais”, se afinando com nossa frequência, passam a compartilhar das egrégoras que criamos, cultivamos e expandimos.

Se entendermos esse processo, entenderemos os motivos que nos levam a esticar uma conversa ou uma discussão, em que muitas vezes nos conduzem a total perda de controle de si, chegando até mesmo a agressões verbais e físicas. Vamos nos envolvendo nas palavras nos pensamentos, como um emaranhado de fios que vão tecendo e amarrando os pontos de uma rede, que pode se transformar numa teia em que podemos nos encapsular, passando facilmente de “donos da verdade”, ou seja, de predadores, a presa, vitimas em uma situação em que nós mesmos nos atiramos, ao arriscarmos a primeira palavra.

Quando as palavras nos conduzem a boa conversa, não há predadores ou presas, tecemos em conjunto nossa rede de conexões e expandimos egrégoras de conhecimento, de amor, de paz, de alegria, de fé e são esses bolsões energéticos e fluídicos que nos alimentam astralmente, nos sintonizando com frequências semelhantes, garantindo nosso “bem estar”, mesmo nos momentos desafiadores da vida...

(Por: Claudia Conte dos Anjos Lacerda
Pedagoga e Sacerdotisa da Comunidade
Espírita Legião Azul - Casa Amigos da Paz
Leopoldina - MG)