Findado o carnaval, pelo menos na grande maioria dos
lugares, nos voltamos gradativamente as nossas rotinas: de trabalho, de
religiosidade, na vida pessoal...
Somos naturalmente cíclicos, ou seja, temos necessidade de
tempos demarcados em nossas vidas. Direciona-se um tempo pra exacerbar a
alegria, como no Carnaval e outro pra dedicar-se a reflexão pessoal na busca
pela conexão com o Sagrado, como na crença cristã com o Tempo da Quaresma e posteriormente
a Páscoa, em que busca-se ressurgir para novos Tempos, com o compromisso da
renovação de si.
Oxalá vivêssemos a plenitude de sermos completos e verdadeiros
diariamente, como se a roda da vida girasse intensamente todos os nossos dias –
se buscarmos uma reflexão nos fundamentos afro-brasileiros, conceberemos que
cada um produz seu próprio ciclo e o Tempo de cada um é de cada um. Podemos ser
alegres sempre, assim como devemos ser reflexivos sempre. Há espaço pra tudo no
nosso existir. O que nos esmera é quando pendemos demais para um único lado e
nos fechamos num ciclo, que quando forçosamente se finda, pelas próprias leis
naturais, consequências colhemos e as vezes não muito agradáveis...
Quem soube fazer da verdadeira alegria dos últimos dias, potência
energética, entrará neste tempo quaresmal fortalecido para a sua viagem
interior; quem se permitiu a falta de consciência de si, entrando nos liames
das esferas inferiores, tem agora o compromisso de se elevar, necessitando se
restabelecer. Não é diferente do que ocorre com o nosso corpo físico, ou seja,
se o submetemos a excessos seja de bebidas, alimentação, atividade física,
falta de sono, etc..., sentimos e precisamos de um tempo para recuperá-lo, para
cuidar dele. Da mesma forma acontece com nossos outros corpos extra-físicos.
Indicamos a leitura da postagem: “TEMPO DA QUARESMA”, disponibilizada
neste Blog em 18/02/2013.
Iabá Mãe Claudia
Sacerdotisa Maior da Casa Amigos da Paz – Campos de Oxossi e
Ogum
Comunidade Espírita Legião Azul em Leopoldina