Foi ontem durante a Oração do Terço que estamos realizando
nas noites de segunda-feira, na Casa Amigos da Paz, neste período de recesso
das Reuniões Públicas, a partir da explanação de um Espírito Amigo que se fez
presente e trouxe pra nós importante aprendizado, que percebi a necessidade de
melhor esclarecer aos interessados sobre os bastidores de uma Casa Religiosa
Espiritualista em momentos de suspensão dos trabalhos periódicos ao público, ou
seja, das reuniões ordinárias.
Talvez alguns pensem que por estarmos em recesso, tudo está
literalmente parado, quando muito ao contrário dessa idéia, tudo está em
funcionamento, em plena ebulição. E ontem isso ficou ainda mais claro quando me
foi permitido “ver” a movimentação das Equipes Espirituais, durante nossas
orações (momento que nós até chegamos a taxar como simplório). Arriscaria-me
dizer que estava mais movimentado, astralmente falando, do que em outros dias
de trabalhos rotineiros da Casa.
Fica evidente para nós que “os Céus não podem esperar”! Sim,
não podem esperar pela nossa disposição, pela nossa disponibilidade, pela nossa
boa vontade, pelo nosso querer. Na verdade “Eles” fazem a hora, fazem
acontecer, caso contrario, o que seria de nós, humanidade encarnada e
desavisada?... Mas é bom que entendamos que isso não nos isenta, pois não fazem
por nós, para tampar nossas lacunas e sim pelo compromisso incessante desses
grandes trabalhadores da Seara do Pai, que habitam em reinos em que não existem
férias, recessos, pois nós mesmos produzimos diariamente uma carga de trabalho
considerável pra “Eles”. Nós projetamos no Astral nossas vacilações, nossos
maus pensamentos, nossas lamúrias, nossos sentimentos de mágoa, raiva, nossas
tristezas... Nós alimentamos com muitas das nossas atitudes e escolhas, as
falanges de espíritos perversos, viciados, perturbados e perturbadores, presilhados
a orbe terrestre, porque encontram em nós encarnados, afinidade fluídica,
magnética, emocional, entre
outros... Muitos são os subterfúgios que usamos e as trilhas que vamos abrindo em nossa caminhada, por acreditarmos que são atalhos para a felicidade, ou porque achamos que poderemos caminhar desapercebidos. Elegemos como prioridade a academia, o “malhar o corpo”; o ter; o excesso de trabalho, de estudo; o excesso de lazer; o excesso de sexo, de comida; a ausência da consciência (pelas drogas, excesso de medicamento, excesso de álcool) – passamos a acreditar e estabelecemos como verdade em nossa vida que não existe diversão, alegria ou felicidade sem esses subterfúgios.
outros... Muitos são os subterfúgios que usamos e as trilhas que vamos abrindo em nossa caminhada, por acreditarmos que são atalhos para a felicidade, ou porque achamos que poderemos caminhar desapercebidos. Elegemos como prioridade a academia, o “malhar o corpo”; o ter; o excesso de trabalho, de estudo; o excesso de lazer; o excesso de sexo, de comida; a ausência da consciência (pelas drogas, excesso de medicamento, excesso de álcool) – passamos a acreditar e estabelecemos como verdade em nossa vida que não existe diversão, alegria ou felicidade sem esses subterfúgios.
E nesse ciclo vicioso de desculpas e justificativas trazemos
pra nossa rotina diária palavras que vamos incorporando com grande veracidade: “deixe
a vida me levar”; “quero mais é ser feliz, beber muito com meus amigos pois posso
morrer amanhã”; “não quero virar um fanático”; “não parei pra rezar hoje,
estava numa correria só”; “não tenho vontade de fazer nada”; “hoje não deu pra
fazer o Evangelho no Lar, faço na outra semana”; “quando voltar as reuniões no
centro eu penso nisso”; “acho que já faço a minha parte quando sou chamado”; “estou
com tantos problemas que fico tão cansado”; “não sou muito chegado a ler, essa
parte de estudo é mais enjoada”; “parece que ninguém lembra de mim”; “acho que
meus guias me abandonaram”; “vou dar só um teco
mas não vou me viciar”; “só vejo falsidade a minha volta”; “acho que fizeram
uma macumba brava pra mim e não estão nem vendo”; “quando estou de férias não
quero saber de nada”; e... assim adiante.
Percebi ontem, mais do que nunca, que “os Céus não param”,
mas nós paramos e muitas vezes ainda aumentamos a carga de trabalho Deles.
Então qual seria a nossa parte? Entendi que, mesmo não presente fisicamente,
devemos estar “ligados” espiritualmente e essa atitude não pode ser para
amanhã, mas ela é o todo nosso de cada dia. Cabe a nós lembrar que permanecemos
em conexão, que os nossos “fios” não desligam e que somos nós que
potencializamos as forças astrais ou minamos os fluídos energéticos. Longe da cômoda
desculpa do fanatismo, “estar ligado” é lembrar que somos parte de um todo e
que quando assumimos uma Religião em nossas vidas (seja qual for a que
elegemos), dizemos sim a seus Fundamentos, Princípios, Prescrições, Código,
Dogmas, Ensinamentos, entre outros. Também não é achar que podemos apartar
nossa vida humana – e que as vezes chamamos de material – de nossa vida
espiritual, assumindo uma rotina em que separamos os momentos em que estamos
vivendo para o corpo e os momentos em que vivemos para o espírito.
Tudo que nos constitui enquanto pessoa humanizada, encarnada
é tridimensional, ou seja, não há “vida” no corpo sem o espírito e não há
espírito em vida humana na Terra sem o corpo, assim como, não somos “animados”
sem a alma. Desta forma, estejamos onde estivermos, fazendo o que estivermos
fazendo, somos CORPO, ALMA e ESPÍRITO e cada um desses entes influencia-se
mutuamente.
Se trouxermos isso como VERDADE pra nossa vida diária,
seremos naturalmente gratos antes de maldizermos a vida; respiraremos o
primeiro hálito do dia, ao abrirmos os olhos, conectados ao magnetismo energético
que pulsa junto a nós, através das Fortalezas Orixaicas que emanam da natureza;
buscaremos a tolerância para com o outro; afastaremos os pensamentos que
abaixam nossa frequência vibracional, potencializando os que elevam nossa faixa
vibratória e nos colocam em dimensões isentas de obsessões negativas; usaremos
da caridade como prática diária, no ouvir o outro, no alimentar o outro com
palavras gestos, no aconchegar o outro, agasalhando sua alma; não seremos desanimados
para dar o primeiro passo; reservaremos momentos para orar, mas não
exclusivamente para nós; faremos todas as nossas tarefas e viveremos cada um
dos nossos momentos de alegria, tristeza, dor, prazer, afeto, encontro,
desencontro, trabalho, lazer, estudo, TRIDIMENSIONALMENTE...
Vida com VERDADE é quando vivemos na prática aquilo que
acreditamos e/ou que propagamos aos ventos com palavras...
Como uma última lição na noite de ontem, o Espírito Amigo, ao falar do valor das diversas religiões e do cuidado que precisamos ter para não cedermos a idéias pré-concebidas sem o devido esclarecimento, nos brindou com uma explicação sobre os muçulmanos e a religião islamita. Falou da importância e valor de seus Fundamentos e do quanto é mal entendida e mal interpretada por aqueles que são levados, segundo ele, por interesses outros e passam a se manifestar em células dissidentes, que de longe, não podem ser consideradas como representativas do Islã e do que nos legou o profeta Maomé. Quando explicou os pilares do Islã destacou Fundamentos que também estão presentes na nossa crença Cristã e entre estes, falou também das cinco orações diárias em que os islamitas devem se recolher voltados geograficamente para o mesmo lugar (Meca), no mesmo horário (seja que fuso horário for), proferindo as mesmas palavras. Nesse momento percebi a grandiosidade desse ato, que segundo ele, é hoje na Terra, a maior corrente e conexão fluídica de uma comunidade religiosa e que nós não temos ideia do que é potencializado no Astral com tal preceito. Percebi que nós cristãos, estamos longe de alcançarmos tal magnitude. Nossa rebeldia, indolência e pouca disciplina, ainda é nossa prioridade...
Aprendi que mais valoroso é o pouco que fazemos a cada dia e
não o muito em um único dia.
Claudia Conte dos Anjos Lacerda
Sacerdotisa Maior e dirigente da Casa Amigos da Paz –
Comunidade Espírita Legião Azul
(Imagens: disponíveis na Internet: google.com)
(Imagens: disponíveis na Internet: google.com)
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