domingo, 5 de janeiro de 2014

2014 – REGÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS

Iniciando mais um ano é natural que os espiritualistas, que comungam das religiões de raiz afro-brasileiras, fiquem na expectativa sobre a Regência do Ano, ou seja, as Forças Orixaicas que estarão regendo, influenciando o nosso planeta no ano que se inicia, pelo calendário civil e cristão, assim como todas as pessoas que depositam expectativas em forças ocultas, ou ciências, esoterismo, ou demais crenças futuristas.

Os diversos povos que integram a humanidade que habita o Planeta Terra interpretam esse momento em conformidade com sua crença, seus valores, tradições, culturas... Podemos citar a tradição chinesa, que associa cada ano à figura de um dos animais que representam o “Horóscopo Chinês”, sendo que para 2014, já anunciaram que será o ano do “Cavalo”. Outros se reportam a outros estudos e conhecimentos para possíveis “previsões” do novo ano, como é o caso da Numerologia, que já anunciou o “7” (sete) como o número do ano 2014. Temos ainda, as eminências advindas dos Tarôs, Runas, Cristais, Búzios e a Astrologia. Nesta última, já é de consenso que o Planeta Regente, ou seja, que estará astrologicamente influenciando a Terra, é o gigante planeta Júpiter, trazendo com seu magnetismo, segundo os astrólogos influência em todas as áreas, tanto na natureza humana, quanto na natureza do nosso planeta/casa e consequentemente, nos signos relacionados as casas astrológicas, ou seja, câncer, escorpião, peixes, sagitário e libra.

Também podemos encontrar calendários outros em contagens, tempos e anos diferentes do que consideramos convencionalmente no mundo Ocidental, que por uma questão de ordenação civil do planeta, contamos cada ano com 12 meses e 365 dias, alternando o chamado ano bissexto, ou seja, a cada quatro anos o ano tem 366 dias. O modelo que utilizamos é o Gregoriano, numa contagem a partir do Novo Testamento, com o nascimento de Jesus Cristo, por isso dizer que estamos na “Era Cristã”. Desta forma, adotamos como referência, na contagem dos tempos a inscrição “a.c”, para os acontecimentos “Antes de Cristo”. Mas se considerarmos o calendário judaico, que tem como base o Antigo Testamento e assim conta os anos a partir da criação de “Adão”, estamos desde 05 de setembro de 2013, no ano 5774. Assim como os Judeus, os chineses e outros países da Ásia adotam calendários que consideram tanto os ciclos solares (ano) quanto os lunares (meses), considerando esses dois ciclos e sendo a China uma civilização tão antiga, também tem um dos mais antigos registros de calendários. Assim, para os chineses, desde 10 de fevereiro de 2013 estamos no ano 4711 e a partir de fevereiro de 2014 entramos no ano 4712.

Como vemos, diferentes entendimentos para a existência de uma mesma humanidade, num mesmo planeta. Em meio a informações que parecem divergir, o que pode vir a fomentar ainda mais o espírito separatista entre os Povos e Nações, vale a sugestão de buscarmos pontos de convergência ao invés de focarmos na divergência.

Quando pensamos nos calendários, o importante é entender que estamos falando de números, convencionalmente organizados, para que organizada seja a nossa vida e convivência em comunidade, em família... O que fica não é se um calendário tem 2014 anos e outro tem 5774, mas que um contém o outro, ou seja, a nossa contagem cristã está contida nos calendários orientais, o que nós ocidentais fizemos foi dividir o a.c (Antes de Cristo) e o d.c. (Depois de Cristo). A base de todos os calendários são os ciclos lunares e solares e a diferença que dá entre os meses está relacionado mais uma vez ao que ficou convencionado pelas diferenças que ocorrem nesses ciclos, os seus equinócios, que provocam a dificuldade de se convencionar matematicamente, por isso sistematizamos o nosso calendário em anos bissextos, por exemplo. Mas o que todos concordamos então: contamos nossos dias a partir do sol e da lua e usamos escrituras sagradas, crenças religiosas para “marcar” significativamente os nossos tempos.

No caso das previsões e projeções de forças que atuariam e regeriam o nosso Planeta a cada ano, também podemos buscar os pontos de convergência e para entender essa tese, basta observarmos a contribuição de cada um, ou seja: o que temos em comum entre Orixá Regente, Numerologia, Astrologia, Horóscopo Chinês, por exemplo?  
 
Orixás: Xangô e Oxum, trazendo entre outros, realizações, inovações, justiça, necessidade de aprimoramento, de busca de conhecimento para a expansão da consciência, mobilização política, oportunidade de novas relações, equilíbrio e maturidade emocional, amor fraterno;

Astrologia: planeta Júpiter, trazendo expansão de projetos, conquistas intelectuais, mudanças em leis, surgimento de referências políticas, inovações tecnológicas, aproximação cultural e econômica entre as nações;

Horóscopo Chinês: Ano do Cavalo, trazendo avanços significativos nas artes, política, tecnologia, favorecimento da ação;

Numerologia: número “7”, trazendo a busca pela sabedoria, pelo autoconhecimento, vontade de evoluir, ano de exercitar a fé e o amor ao próximo – palavra de ordem: despertar.

Podemos convergir, não precisamos disputar, quando as forças se afinam a melodia da vida fica ainda mais bela e agradável... O que fica disso tudo é a certeza que há um Projeto Maior regendo o nosso Mundo, o nosso Planeta, a Humanidade e que é traduzido em línguas, e saberes diversos, atendendo ao entendimento e crença de cada um, seja pela sabedoria, consciência ou alienação de cada um de nós.

Deus, a Inteligência Divina, a Força Criadora, a Partícula da Criação, o Arquiteto do Universo... está para nós, é por nós... É, Somos...

Pra que complicar? A Base é uma só... E de tudo o que realmente conta e fica é o que nos humaniza, ou seja, a nossa capacidade de AMAR.
 
Mãe Claudia
Sacerdotisa/Dirigente da Casa Amigos da Paz
Campos de Oxossi e Ogum

Fonte:
www.defatoonline.com.br/feminino/ultimas/30-12-2013/jupiter-e-o-regente-de-2014-entenda-a-influencia-do-planeta

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