segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

CONJUNÇÃO PLANETÁRIA, CONVERGÊNCIAS E CRENÇAS

Creio que muitos de vocês devem ter acompanhado no dia 21 de dezembro de 2020, as mensagens e as diversas publicações falando sobre o fenômeno astrológico, que aconteceu a partir desse dia. Batizado de Estrela de Natal ou Estrela de Belém, entre outros títulos, em que o alinhamento de dois grandes astros: os planetas Júpiter e Saturno, provocam um fenômeno possível de ser visto no céu, como uma grande estrela, com forte brilho. Os estudiosos que têm acesso a grandes telescópios conseguiram ver com mais detalhes, enxergando os planetas juntos na órbita, pois ocorre uma aproximação destes, chamado de conjunção. Considerando ainda que estamos falando de dois planetas muito bonitos de se ver, Saturno com seus anéis, Júpiter com todo seu gigantismo e os desenhos coloridos na sua superfície, é realmente algo surpreendente. A última vez que este fenômeno aconteceu foi há 800 anos, sendo que desta vez ainda está coincidindo com o solstício de verão no Hemisfério Sul, perto do Natal, por isso ser chamado de “Estrela de Belém” ou o “beijo de Natal”. 

E para nós espiritualistas o que temos com isso? Se considerarmos que integramos este Universo e que tudo que o compõe é parte de um todo, que estamos imersos num manancial energético e vibracional, podemos sim dizer que somos influenciados por essa movimentação planetária, afinal de contas, são forças magnéticas, que alteram polaridades de corpos celestes que circulam junto ao mesmo sistema da órbita terrestre. Outras conexões também podemos fazer, como na questão de considerarmos os elementos da natureza, o que representa as diversas manifestações energéticas relacionada as forças Orixaicas. Se Orixá é força da natureza, é natural a relação com os elementos como água, ar, fogo, terra, pedras, folhas, plantas, flores, frutos, animais e planetas também. Nessa relação e entendimento, no panteão da mitologia Iorubana, o planeta Júpiter estaria relacionado a força do Orixá Xangô e Saturno ao Orixá Omòlu / Obaluaê. Essa relação mito e planeta também é encontrada em outras mitologias, como entre os romanos, gregos, que inclusive relacionam os seus deuses as constelações estrelares, lembrando que o próprio nome dos planetas são

nomes desses deuses. Júpiter, por exemplo, foi considerado o deus dos deuses e chamado entre os gregos de Zeus, segundo a mitologia greco-romana, era filho de Saturno – o mais antigo dos deuses da teologia helênica, tendo assumido o lugar de seu pai a frente de todos os demais deuses. É comum a representação de Saturno como um ancião de asas, carregando uma foice ou uma ampulheta, representando as asas do tempo conduzindo a Terra. Já na Babilônia, o deus Saturno foi chamado de Assur e também, era representado como um velho tendo ao seu redor um círculo, como a representação do tempo sem começo e fim.

Percebemos convergências, quando fazemos a relação de Saturno com Omòlu/Obaluaê e de Júpiter/Zeus com Xangô, seja pelos elementos representativos, pelo arquétipo, pelas histórias... E como também lembramos sempre que o acaso, não é necessariamente o imprevisível, estamos em meio a uma conjunção dos dois maiores planetas do Sistema Solar, em um ano em que a regência orixaica de nosso planeta ficou entre Omòlu e Xangô e vivendo o que os espiritualistas consideram ser o ápice da transição planetária, em que estamos transitando de um planeta de provas e expiações para um planeta da regeneração. Já entre antigas crenças do Oriente, o planeta precisa evoluir, enquanto organismo vivo que é, que hospeda a humanidade, mas que precisa seguir seu curso natural de evolução, sendo que em meio a todas essas projeções, previsões, profecias, anúncios bíblicos e oraculares, estamos vivendo, enquanto humanidade, a maior pandemia do século, que tem nos colocado em situações inimagináveis desde quando o ano de 2020 iniciou. Há momentos que parece que a ampulheta do tempo está brilhando no meio de nós, que estamos sendo sacudidos em uma grande peneira, como em processo de seleção, dos que ficam e dos que vão, ou quem sabe, do joio e do trigo...

Há tempos anunciávamos o limiar dos tempos, a sonhada Era de Aquário, a plenitude da mente, do
ser 
mental, mais espiritualizado que supera o materialismo para viver o amor, a paz. Há ainda os que já vem anunciando a chegada de um novo avatar, para os próximos milênios, uns dizem ser Saint Germain e até mesmo, que essa conjunção planetária, que apareceu pra nós no céu como uma grande estrela em brilho intenso, seria o sinal da chegada do novo avatar. Também em outras projeções ficamos a esperar a 3º grande guerra mundial e de repente, muito além de bombas atômicas e outros artefatos bélicos, descobrimos que a guerra que estamos enfrentando é no nível microscópico (a pandemia) e ideológico, em que um dos artefatos principais é a comunicação, o poder da palavra e da velocidade com que essa palavra é disseminada.

Mas se estamos em meio a uma transição e o Universo está conspirando ao nosso favor nos proporcionando um ajuste nos eixos da órbita de dois planetas do Sistema Solar, através da conjunção destes no solstício de verão de um dos hemisférios do planeta em que vivemos; se neste momento muitas pessoas no mundo celebraram o Natal como renovação de nosso compromisso com o Cristo, através da lembrança de seu nascimento e essa renovação, nos traz o compromisso com o amor incondicional; se estes planetas estão relacionados aos Orixás regentes do ano que se finda e que simbolizam a justiça, o ceifar, a colheita e a passagem; se estamos em meio a uma pandemia que mudou muitos de nossos hábitos e muitos estão partindo em desencarnes, que podemos considerar como sendo coletivos; não seria o momento de nos permitir viver a intensidade da especialidade desse tempo, absorvendo as energias emanadas de todos esses pontos que convergem, assumindo que somos os testemunhos da passagem para a nova era, o
novo planeta, a nova humanidade e nos permitirmos a expansão da nossa consciência, saindo do lugar comum, da mesmice, da zona de conforto ou da alienação conveniente? Temos a oportunidade em nossas mãos, lembrando que a roda do tempo, roda incessantemente, sem começo ou fim, roda e por mais que venhamos a resistir, ela continuará a girar... Ou seguimos o fluxo da evolução, ou ficamos na inércia, presilhados a materialidade ficcional que criamos em nossos mentais, nas trevas da negação de si, onde há “choro e ranger de dentes”.

Que a ESPERANÇA inspirada pelo Natal nos impulsione ao bem viver!!

Yá Mãe Claudia
Dirigente e Sacerdotisa Casa Amigos da Paz
Legião Azul – Leopoldina – MG 


Imagens: Google

domingo, 12 de abril de 2020

ABRINDO AO "TEMPO NOVO" - PÁSCOA 2020

Abrimos o Tempo Pascal deste ano de 2020. A palavra "páscoa", significando passagem, nos convida a refletir sobre o nosso trânsito neste momento, para onde nós queremos passar, qual a transformação e renovação queremos na nossa vida? 

A Páscoa tem sentido em nossa sociedade desde o êxodo dos judeus, quando da libertação da vida escrava no Egito, vão em busca da "terra prometida". Com a encarnação de Jesu Cristo, a festa da Páscoa ganha sentido também para a Comunidade Cristã, que rememora o martírio, morte e ressurreição de Jesus, renovando nossos compromisso com a nossa própria renovação, na capacidade que temos de ressurgir, buscando restaurar o nosso ser.

Neste ano de 2020 vivemos uma Quaresma na concretude da palavra, em que uma pandemia colocou grande parte da população mundial em quarentena, em distanciamento social, buscando impedir a propagação do vírus que provocou muitos desencarnes coletivos em mais de um país. Na vivencia deste momento diferenciado, tivemos que reinventar nossa rotina diária, aprender a estarmos mais tempo voltados para nós mesmos.

A Páscoa nos traz Esperança ao mesmo tempo em que os Órgãos de Saúde e governamentais precisam tomar suas decisões em relação a flexibilizar ou não as restrições sociais. Esperamos que em breve retornaremos a nossa rotina regular de vida, com espírito novo, com mais AMOR no coração, mas COMPAIXÃO e disposição para estarmos fraternalmente unidos, sem distinção de etnia, gênero, religiosidade e qualquer outra condição.

Por fim, sugerimos visitarem o texto explicativo sobre o significado da Páscoa, aqui neste Blog, em postagem do dia 31 de março de 2013, que mesmo sendo há 7 anos, serve para nossa reflexão atual. Segue o link:


Na oportunidade, informamos que a Casa Amigos da Paz, dispõe de uma página no Facebook, na qual neste período de restrição para a realização de reuniões públicas presenciais, temo realizado encontros virtuais, a distância, através de vídeos ao vivo, na forma de Encontros de Fé, aberto a todas as pessoas que querem participar conosco, nos domingos, a partir das 19h. 
SEGUE O LINK DA PAGINA: